
Time of Eve
Num futuro próximo, provavelmente no Japão, muito tempo depois dos robots terem sido introduzidos no dia a dia e não muito tempo depois dos robots estilo humanos, ou andróides, terem aparecido.
Devido ao Comité de Ética Robot as pessoas acham natural tratar os robots como electrodomésticos. No entanto e devido à sua aparência humana, excepção feita aos aros sobre as suas cabeças, alguns humanos (apelidados de dori-kei/android-style) estão a ficar demasiado atraídos aos androides causando problemas sociais.
Rikuo foi ensinado a tratar os androides da forma que trata desde criança. Ele não pensa nos androides como seres humanos e usa-os apenas como ferramentas. Um dia ele descobre que palavras estranhas apareceram no registo de actividade do seu robot de casa Sammy:
“Estás a gostar do tempo de EVE?”
Refazendo os passos dela com o seu amigo Masaki, ele chega a um estranho café com o slogan de não discriminar entre seres humanos e androides.
Time of Eve é uma série originalmente transmitida online nos idos de 2008 mas que foi posteriormente editada e exibida nos cinemas, conta-nos a historia de um potencial futuro próximo em que robots de aspecto humano são um facto da vida quotidiana e explora um cenário de discriminação quando dos seres humanos aos robots.
As expectativas são muitas e o universo parece promissor mas será que este filme tem os argumentos certos que me fizeram desfrutar do tempo que passei a vê-lo?

Sammy
Time of Eve abre em força com as 3 leis da robótica de Asimov a serem apresentadas logo nos primeiros 5 minutos do filme:
- Um robot não pode aleijar um ser humano ou, por inacção, permitir que um ser humano seja magoado.
- Um robot deve obedecer ás ordens que lhe forem dadas por um ser humano excepto quando essas ordens entram em conflicto com a primeira lei.
- Um robot deve proteger a sua própria existência desde que essa protecção não entre em conflicto com a primeira ou segunda regra.
Isto marca o ponto de partida para uma historia que vê o nosso personagem principal, Rikuo, ser confrontado com os diversos clientes do Time of EVE e os seus problemas enquanto que ao mesmo tempo vê o seu próprio preconceito para com os androides ser lentamente exorcizado. Esse quebrar do preconceito vai leva-lo a aproximar-se da sua própria android Sammy que apenas deseja que o seu dono desfrute do café que faz ou que volte a tocar piano. É uma historia simples sobre o dia a dia desta sociedade futurista claramente inspirada nos trabalhos de Asimov com tudo o que de bom que isso acarreta.
Em termos de arte e animação a qualidade dos cenários é digna de menção com bastante recurso a animação 3D de muitíssima qualidade e o design das personagens é sem sombra de duvidas muito agradável. Por vezes, no entanto, nota-se que a qualidade da animação está ligeiramente abaixo do que é normal num filme de animação mas isso não coloca em causa a qualidade global muito acima da normal numa qualquer série televisiva. Quanto à banda sonora raramente se nota cumprindo o seu papel sem nada de negativo a assinalar mas também sem grandes rasgos de genialidade.
Veredicto: Time of Eve proporcionou-me com um serão bem passado na sua companhia. Tem um universo promissor que só peca pelo âmbito tão curto do filme porém está recheado de charme e é fortemente indicado a qualquer fã de ficção cientifica ou pelo menos àquelas que unem essa paixão à paixão pela animação.
- Imagem: 7/10
- Som: 6/10
- História: 6/10
- Personagens: 7/10
- Nota Final: 7/10
Time of Eve
Sammy
Nagi
Akiko
Masaki e Rikuo
Time of Eve pode ser actualmente visualizado online em Portugal por cerca de 5€/mês através do serviço online Crunchyroll. Quando a edição em DVD/BR fora do japão nada se sabe ainda. Time of Eve @ TV Wall