O meu top de anime de 2017

Gamers! Poster

3. Gamers!

Quem me segue no twitter sabe que coloquei uma sondagem com alguns dos animes de 2017 para me ajudar a escolher para esta lista e Gamers! era um dos títulos na lista. Entre esta série, Miss Koboyashi’s Dragon Maid e a sequela de New Game a escolha foi difícil mas acabei por me decidir por esta série porque das 3 foi aquela que mais gargalhadas me arrancou. New Game tem quantidades gigantescas de charme polvilhado com açúcar e Kobayashi-san tem aquele misto de comédia com drama que faz da Kyoto Animation um estúdio tão brilhante mas este Gamers é diferente.

Fazer uma comédia romântica sobre adolescentes que gostam de videojogos não é propriamente uma ideia que soa particularmente original mas vejam o primeiro episódio e, no fim dos seus 25 minutos, já uma grande maioria dos clichés do género foram cuidadosamente construídos num ambiente recheado de referências a videojogos com o único propósito de os atirar pela janela nos últimos segundos do episódio.

Não quero com isto dizer que Gamers é alguma espécie de desconstrução do género ou algo do género, até porque à medida que a história se desenvolve ela começa a voltar aos clichés que tão bem funcionam há anos, mas o caminho para lá chegar é recheado de confusões que tornam a experiência numa barrigada de risos. Em certos momentos da história quase todas as frases e acções que os 5 personagens principais tomam servem para aprofundar um desentendimento anterior e no fim quase todos os personagens acham que as relações entre os outros são o oposto do que são levando a sequências de eventos progressivamente mais ridículas.

Seja pela comédia, seja na tentativa de identificar todas as referências a videojogos que aparecem na série, este Gamers é uma excelente comédia romântica que merece sem sombra de dúvidas uma vista de olhos e recebe aqui o meu 3º lugar na lista.

Gamers! está disponível no Crunchyroll.

2. Land of the Lustrous

E de uma comédia romântica passamos para uma das séries mais visualmente impressionantes dos últimos anos. O estúdio Orange presenteia-nos neste Land of the Lustrous com uma produção totalmente feita com computação gráfica 3D em vez dos tradicionais desenhos bidimensionais e o resultado é por vezes tão colorido e visualmente impressionante que os pobres serviços de streaming como Crunchyroll e afins não conseguem mostrar o resultado final correctamente. (Basta ver o exemplo da sequência de abertura que coloquei em baixo. A compressão do YouTube não tem a largura de banda necessária para a quantidade de cores usadas na produção. E isto é um upload oficial!)

Land of the Lustrous – Sequência de abertura

Land of the Lustrous leva-nos para um futuro muito distante onde seres sentientes evoluíram das mais variadas jóias existentes na terra desde o mais sólido diamante até ao nosso personagem principal, a frágil “phosphophyllite”*. Estes seres vivem em receio constante de serem raptados pelos misteriosos seres lunares que vêm ocasionalmente à terra para raptar as mais belas jóias para a colecção deles. Phos, a personagem principal, é uma das jóias mais novas e está constantemente com sentimentos de inadequação por não poder lutar contra os invasores para proteger o grupo.

O resultado desta premissa é uma história de crescimento da nossa personagem principal que a leva de uma criança irritante até um membro importante da sociedade mas pelo caminho há preços a pagar e o final pode não ser necessariamente aquilo que alguém tão ingénuo como Phos imaginária à partida.

Visualmente impressionante e com uma história que só peca por não estar terminada, este Land of the Lustrous é absolutamente imperdível como espectáculo visual e leva assim o meu 2º lugar para 2017. A única falha que tem é a história não estar terminada pelo que esperemos por uma sequela anunciada em breve. Idealmente uma igualmente brilhante no campo visual.

*desculpem-me, tentei genuinamente encontrar o nome do mineral em português mas não consegui.

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