O meu top de anime de 2017

Hora de continuar a olhar para trás para os últimos anos e rever quais foram os animes que me marcaram mais ano a ano. Desta vez vamos olhar para 2017 e ver quais foram os 5 animes que mais me ficaram na memória bem como uma dose substancial de menções honrosas.

Depois de olhar para o ano a impressão com que fiquei foi que poucos foram os títulos que vi que achei brilhantes mas o número de séries que me vi a abater da lista final ainda foi grande. Aviso já que alguns dos títulos mais criticamente bem recebidos neste ano me passaram ao lado (títulos como Tsuki ga Kirei, Just Because ou Made in the Abyss) por isso esta lista vai ser um pouco o melhor dos outros.

E posto isto vamos à lista!

Little Witch Academia (TV) Poster

5. Little Witch Academia

Aquilo que começou como um projecto de animadores em treino que acabou por virar uma OVA pelas mãos do estúdio Trigger. Depois de uma sequela fundada pelo Kickstarter recebeu o tratamento televisivo completo em 2017 com o apoio da Netflix para distribuição fora do Japão. Little Witch Academia é uma série cheia de charme com uma inspiração clara em histórias como Harry Potter e afins.

Little Witch Academia segue a história de Akko que entra na academia de magia Luna Nova para aprender a ser feiticeira como a heroína que viu enquanto criança num espectáculo de magia. O problema é que Akko não vem de uma linhagem de feiticeiros e, como tal, tem problemas em usar magia e é vista de lado pelas outras alunas que vêm de respeitadas famílias com longas histórias no mundo da magia. Akko é uma idiota e parece tomar sempre as piores decisões mas é uma idiota com um coração gigante e alguém com quem não é possível nós, como audiência, ficarmos chateados.

Esta série televisiva é um recontar da história das duas OVAs anteriores com novas aventuras e um estilo inconfundivelmente Trigger, especialmente na dimensão que o final da série ganhou.

Para quem não conhece o estúdio fica uma breve apresentação: A Trigger foi feita por muitos dos membros do venerável estúdio Gainax que nos trouxe clássicos inquestionáveis como Neon Genesis Evangelion, Gunbuster ou Gurren Lagann. Em particular a Trigger foi co-fundada por Hiroyuki Imaishi, o director por trás de Gurren Lagann e alguém que tem um estilo de direcção inquestionável. Ver séries como o já mencionado Gurren Lagann, Panty & Stocking ou Kill la Kill torna bastante óbvio o estilo frenético e absolutamente contagiante do realizador.

Apesar deste Little Witch Academia não ser um dos trabalhos deste director, é inquestionável o impacto dele nos outros membros do estúdio, e isso é transparente neste Little Witch Academia. Seja pelo estilo visualmente distinto da série, seja pela historia ou pelos personagens, Little Witch Academia é uma carta de amor à animação do antigamente que merece sem sombra de dúvidas uma visualização. Mesmo que não se queira dedicar a uma série televisiva completa recomendo que pelo menos vejam a OVA original, de certeza que não se vão arrepender.

Little Witch Academia está disponível no Netflix.

4. Konosuba: God’s Blessing on this Wonderful World! 2

Mais um ano mais um exemplo do género Isekai [lit. Outro Mundo] mas este Konosuba é diferente. Sim, temos o nosso “herói” que é um otaku banal e que é levado para outro mundo por uma deusa que o salva quando é atropelado pelo nosso velho amigo truck-kun e o leva para um mundo de fantasia saído de um qualquer RPG japonês como Dragon Quest.

Só que logo desde o início as coisas não correm como o planeado. A deusa (Aqua, quiçá a deusa mais inútil em toda a ficção) é arrastada com o nosso herói e acabam os dois sem dinheiro e sem o mínimo de capacidade de serem os “heróis” que habitualmente vemos nestas histórias. Kazuma, o personagem principal, é mesquinho, preguiçoso e interesseiro e a única stat que tem na sua folha de personagem é sorte. Já os outros membros da equipa que arranjam pelo caminho não são também exemplos brilhantes do género aventureiro com Megumim, a maga que apenas sabe um feitiço que apenas pode usar uma vez por dia, e Darkness, uma cruzada que não consegue acertar um único ataque e que é claramente masoquista, a completarem a colecção de cromos.

O resultado é uma sequência de gargalhadas ao observarmos o nosso grupo de “heróis” a tentar (e maioritariamente falhar) nas demandas que tentam dia após dia na tentativa de pagarem as dívidas que habitualmente acumularam no falhanço anterior.

Konosuba é uma barrigada de risos do princípio ao fim e esta segunda temporada pega em tudo o que fez a primeira tão divertida e eleva-a a novos níveis. Por isso leva a minha 4ª posição nos animes do ano de 2017.

Konosuba tem todas as temporadas disponíveis no Crunchyroll bem como o filme que saiu em 2018.

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