3. Goblin Slayer
E da melancolia e beleza de Violet Evergaden passamos para uma série que chocou metade da audiência no seu início ao representar os Goblins como autênticos animais dignos das piores acções imagináveis.
Goblin Slayer situa-se num clássico mundo de fantasia onde Goblins, Orgres e outros monstros causam problemas e é o papel de aventureiros tratarem desses problemas levando a cabo trabalhos afixados nas guildas locais. A diferença está em que Goblin Slayer, apesar de não ser de todo uma série sombria, os monstros são efectivamente perigosos e não se pode assumir que todos os heróis vão sair ilesos.
Com essa premissa então seguimos o titular Goblin Slayer, um homem estranho que viaja sempre de armadura e que apenas aceita trabalhos que envolvam Goblins, aqueles que são vistos pelos aventureiros mais experientes como o tipo de monstros que podem deixar para os novatos.
A série em si vive de clichés normais do género de fantasia com os personagens principais a eventualmente criarem o seu grupo e a envolverem-se em diferentes acções que vão salvar uma pessoa, uma cidade ou a nação, mas está escrito de uma forma tão bruta e tão “realista” (se assim se pode dizer) que se consegue distinguir dos demais exemplos do género para se erguer acima deles e tornar-se digna de menção.
Não atinge os níveis de brutalidade de um Berserk mas também não cai na tentação de transformar um mundo de fantasia num escape como séries como Sword Art Online fazem e por isso merece a 3ª posição na minha lista de 2018.
2. Pop Team Epic
Ok esta não é muito difícil de explicar: Estão a ver o domínio aqui do blog? Vêm o Nonsense lá escrito? Pronto, é isso. Pop Team Epic é um programa de sketches com duas personagens principais enganadoramente fofas e que, honestamente, não faz pitada de sentido.
Cada episódio é composto de duas metades que são (quase) exactamente iguais em animação. A primeira metade com duas actrizes a fazer as vozes das duas personagens principais, a segunda metade com dois actores a fazer essas mesmas vozes. E sim, vale a pena ver ambas as metades e vale muito a pena ver a versão original pois os guiões foram muitas vezes improvisados e cada episódio tem 4 actores totalmente diferentes.
Esta série parece ter sido explicitamente desenhada para gerar memes para o reddit e afins, a animação adopta uma variedade de estilos e parte dos episódios está em Francês pois o animador francês Thibault Tresca que fez parte da produção não sabia pitada de japonês e os directores da série acharam engraçado deixá-lo fazer o que quisesse com os personagens sem perceber o contexto.
O mais próximo que existe deste Pop Team Epic na minha memória será possivelmente Nichijou (o brilhante exemplo de criatividade da Kyoto Animation) ou a adaptação televisiva de Excel Saga no final da década de 90. Arriscaria-me até (e perdoem-me por isto) a apelidar esta série de Monty Python Flying Circus da animação japonesa dos 2010s.
E já mencionei que no final de cada semana, em vez das tradicionais cenas do próximo episódio, somos tratados com teasers para o próximo episódio de uma série inexistente ao estilo de Cardcaptor Sakura? É que eu genuinamente não me importava de a ver. 😅
Portanto estão à espera do quê? “Let’s pop together!”