O meu top de anime 2019

Kaguya-sama: Love is War

1. Kaguya-Sama: Love is War

Uma comédia romântica que arranca do espectador gargalhadas a um ritmo bastante saudável com um estilo visual bastante distinto, um trabalho de voz de se lhe tirar o chapéu e um grupo de personagens onde ninguém é deixado para trás na qualidade da caracterização. Uma adaptação de uma manga extremamente popular feita como toda a dedicação merecida, adaptação essa que eleva o material original a novos níveis.

Mas não vou estar a repetir-me, já fiz um artigo completo a abordar esta série e sugiro que deem lá um pulinho. Mas se não o quiserem fazer vejam a sequência de abertura e depois vão ver um episódio ou dois, garanto que eventualmente vão soltar pelo menos uma mão cheia de valentes gargalhadas.

https://youtu.be/LBwt4YNPc84

Se Kaguya-sama é um clássico? Provavelmente não mas foi possivelmente a série que mais me agradou ver durante o ano e aquela à qual já voltei mais do que uma vez para rever uma ou outra cena. É por essa razão que leva o meu título de anime do ano.

Menções Honrosas

Posto isto ficam só algumas menções honrosas. Estes são filmes ou séries que eu vi durante o ano e que merecem uma chamada de atenção. Não foram as minhas favoritas mas tiveram algo digno de menção e podem ser mais a vossa onda.

The Rising of the Shield Hero

The Rising of the Shield Hero

Um bom exemplar do género Isekai (literalmente “outro mundo”) que tem sido tão sobejamente popular nos últimos anos. Naofumi é o titular Shield Hero, um otaku que é subitamente levado junto com outros 4 heróis para este universo alternativo onde tem de lutar para salvar o mundo. Porém o Shield Hero é ostracizado pela população, traído pelos seus aliados, deixado sem um tostão e acusado de um crime que não cometeu. E em cima de tudo isto o seu “poder” de utilizar um escudo parece ser profundamente inútil ofensivamente. Naofumi vai passar as passas do Algarve para sobreviver neste mundo que é tudo menos o paraíso.

Existem Isekais para todos os gostos, o género está profundamente saturado, mas Rising of the Shield Hero é um exemplo interessante. O cinismo do personagem principal e a forma como todas as vitórias parecem ser arrancadas a ferros são uma lufada de ar fresco num género onde o personagem principal tende a ser por definição a maior força da natureza.

Se estão à procura de um Isekai para ver podiam escolher pior do que esta série.

Ishigami Senkuu

Ishigami Senkuu

Dr. Stone

Senkuu é um adolescente brilhante. Ele sabe tudo o que há para saber desde a composição química do ácido acetilsalicílico até à forma de construir uma bateria de raiz e tudo isso lhe vai ser profundamente útil quando um certo dia todos os seres humanos no mundo são subitamente transformados em estátuas de pedra. Milénios depois Senkuu acorda do seu período em estase e vai ter de usar tudo o que sabe para reconstruir a sociedade.

Dr. Stone é divertido. É basicamente isso. A ciência da série é por vezes simplificada ao ponto de ser difícil suspender a descrença mas é tudo apresentado de uma forma tão genuína que é difícil levar a mal. É o tipo de série que me faz lembrar o Dragon Ball original, aquela sensação de estar a ver uma aventura onde não há grandes tons de cinzento e onde os personagens principais são divertidos de seguir e onde é fácil torcer por eles. É leve de ver e altamente recomendado. Se eu fosse director de uma estação de televisão para crianças é o tipo de série que eu estava a comprar e a dobrar para passar nos meus blocos infantis.

Rascal Does Not Dream of a Dreaming Girl

Rascal Does Not Dream of a Dreaming Girl

Rascal Does Not Dream of Bunny Girl Senpai foi uma das minhas séries favoritas de 2018 mas terminou com a grande questão do enredo completamente em aberto. Este filme resolve a grande questão deixada em aberto pela série de TV em hora e meia e consegue manter quase tudo o que tornou a série tão popular originalmente.

A história segue Sakuta, um adolescente que por algum motivo se vê constantemente envolvido em casos de “síndrome da puberdade”, um fenómeno misterioso onde coisas estranhas acontecem a adolescentes como resposta a traumas comuns da idade. Desta vez Sakuta vai ter de perceber porque é que a sua primeira paixoneta, Makinohara Shouko, por vezes aparece como uma adolescente igual a ele e outras vezes aparece como uma criança de 12 anos.

Recomendo vivamente a série original seguida deste filme. O personagem principal torna-se um autêntico psicólogo para as vítimas do síndroma e a sua atitude é bastante refrescante para um protagonista deste tipo de história. O facto de ele ser claramente um adolescente com as hormonas em polvoroso mas possuir uma relação amorosa de quase plena confiança desde o fim do primeiro arco da série é uma lufada de ar fresco.

Diria que é uma espécie de Clannad/Kanon menos melodramático e com mais citações de física quântica para explicar aquilo que é basicamente magia.

E foram estas as minhas escolhas. O que é que acharam? Digam-me qualquer coisa via Twitter ou Facebook e vemos-nos no próximo artigo.