O meu top de jogos 2011

Agora que estamos na ultima semana do ano e que as promoções natalícias estão aí a dar-nos cabo da carteira achei que seria uma boa altura para olhar para trás e escolher aqueles que foram os jogos que mais gosto me deram jogar e que saíram este ano.

Infelizmente não me foi possível jogar tudo o que queria este ano e de foram tiveram de ficar candidatos inquestionáveis como Deus Ex, Uncharted 3 ou Skyrim mas o tempo e o dinheiro são finitos infelizmente e há que fazer a festa com o que se tem.

Tirando esse pequeno problema vamos lá ver a lista que mesmo assim não deixa de ser relativamente catita (na minha modesta opinião).

5º – Atom Zombie Smasher

Tal como no ano transacto o meu dinheiro alocado às jogatanas acabou por ir muito para a cena independente. Com o advento de iniciativas como o Humble Indie Bundle e derivados nunca foi tão fácil comprar a preços muito acessíveis estes jogos mais alternativos com o bónus ainda de muitos possuírem versões Linux e não disporem de qualquer DRM.

Um dos jogos mais agradáveis que consegui num desses bundles foi este Atom Zombie Smasher: um jogo de estratégia em tempo real cujo objectivo é limpar uma região de zombies zona a zona.

O jogo processa-se por turnos em que somos pontuados pelo numero de territórios que conquistamos enquanto os zombies vão pontuando pelo numero de territórios que por sua vez eles ocupam. A cada turno os zombies espalham-se ou surgem em novos territórios enquanto a nós nos são dadas algumas horas para entrar numa área com os nossos homens e salvar o máximo numero de civis.

Ao longo do jogo vamos também salvando cientistas do meio da multidão que nos permitem melhorar o equipamento disponível até desbloquearmos coisas simpáticas como canhões orbitais que limpam varias áreas do mapa de uma só vez.

Tudo isto envolto num ambiente muito reminiscente de filmes dos anos 60 e com uma banda sonora a acompanhar.

Atom Zombie Smasher pode não ser perfeito mas é um jogo com o seu charme e é isso que o levou a ocupar o 5º lugar do meu top deste ano.

4º – Sonic Generations

“To be this good takes AGES” dizia a campanha publicitaria da mítica casa nipónica nos idos anos 90 quando a Mega Drive era rainha e na altura duvido que alguém pensasse que a frase viesse a tornar-se tão literal. O ultimo Sonic em 2D universalmente considerado como bom foi lançado há pouco mais de 17 anos, o ultimo (questionavelmente) bom em 3D há 10 e desde então que a saga tem caído abaixo da mediocridade para se tornar quase numa anedota da industria.

Mas 2011 trouxe algo de diferente. Depois do falhanço que foi o “Sonic 4” é surpreendente ver que a Sonic Team conseguiu finalmente trazer até nós um Sonic que tem sido consistentemente considerado como bom por quase todos os críticos. Sonic Generations conseguiu unir muito do que de bom tinham os jogos originais para a Mega Drive com o pouco de bom que o 3D trouxe à série para criar algo que consegue ser finalmente divertido de jogar.

O jogo em si divide-se em duas metades: cada zona encontra-se divida em dois actos com o primeiro a ser jogado pelo Sonic clássico visto de lado mas renderizado em 3D à semelhança do infame Sonic 4 enquanto o segundo acto é jogado com o Sonic moderno visto de trás ou de frente e com um foco mais na velocidade em contraponto com as plataformas dos níveis em “2D”. Porém as coisas não são bem lineares e é perfeitamente habitual ver a câmara mexer-se para mostrar melhor o cenário nos níveis “clássicos” ou ver a câmara colocar-se de lado para facilitar o jogo de plataformas nos níveis “modernos”.

Junta-se a isso uma historia mais fina do que a folha de papel em que foi escrita (cuja quase total ausência só ajuda o jogo) e a banda sonora recheada de remixes de velhos títulos da saga que deixam qualquer fã completamente avassalado pela nostalgia.

No fim de contas Sonic Generations não é um mau jogo, bem pelo contrario. Sonic Generations é um regresso do Sonic à forma que nunca devia ter perdido depois da Dreamcast e eu como jogador e antigo fã da saga não podia estar mais contente.