Anime Report – Outono 2010


Katanagatari

Katanagatari

Katanagatari

Este épico histórico centra-se em torno de Shichika Yasuri, o chefe de sétima geração da escola de artes marciais Kyotou-ryuu do Japão medieval. Ele e a sua irmã mais velha Nanami vivem numa ilha isolada até que uma estratega militar de nome Togame lhe fala de 12 espadas forgadas por um ferreiro lendário. Shichika embarca então numa missão a mando de Togame para encontrar essas 12 espadas.

Já aqui falei de Katanagatari pelo que remeto a minha descrição da série para esse outro artigo porém com o final dos seus 12 episódios de 60 minutos (um por mês) não podia deixar de fazer aqui uma avaliação da série.

NisiOisiN continua a surpreender-me com os seus diálogos, já o tinha feito em Bakemonogatari, fê-lo no pouco que li de Medaka Box e repetiu a dose aqui em Katanagatari e a historia como sempre tem pano para mangas no que toca à sua compreensão. Katanagatari não acaba em alta mas depois de um ano em que surpreendeu a todos os níveis desde os character designs altamente diferentes de Take até ao estreante estúdio White Fox que demonstrou estar à altura do desafio era difícil não falhar as expectativas. Não quero com isto dizer que o final seja mau, é questionável e essa avaliação dependerá de pessoa para pessoa, mas a forma abrupta como termina pode deixar alguns desapontados depois dos épicos 600 minutos que totaliza a série.

Katanagatari marca pelo seu aspecto diferente, pela forma também ela diferente como foi exibido (12 episódios de 50minutos cada) e pela escrita de Nisio Isin como sempre pelo que, para mim, assegura-lhe um lugar entre os animes mais marcantes dos últimos anos e um que não hesitarei em colocar na lista de essenciais para os adeptos do género.

  • Imagem: 9/10
  • Som: 8/10
  • História: 8/10
  • Personagens: 9/10
  • Nota Final: 9/10

 

Iron Man

Iron Man

Iron Man

Tony Stark, CEO de um grande produtor de armas, físico, engenheiro e um brilhante inventor, é ferido por estilhaços de uma das suas armas e capturado por terroristas. Durante o cativeiro ele desenvolve o fato do Iron Man e escapa. Desde esse dia que ele jura não desperdiçar a sua segunda oportunidade de vida e encaminhar o mundo para um futuro melhor. Para esse propósito ele dirige-se ao Japão.

Pedir a um estúdio japonês que pegue num dos heróis mais populares da Marvel e fizesse uma série de televisão só podia dar um de dois resultados: ou algo muito bom ou algo tão profundamente mediano que será difícil ficar na memoria por muito tempo. Infelizmente e tal como muitos (incluindo eu) temiam o resultado foi a inevitável segunda opção e este Iron Man da Madhouse é um festival de mediocridade.

Começa pela historia que cai rapidamente na rotina do monstro da semana e que pelo meio coloca o Tony Stark, quiçá o mais famoso mulherengo das fileiras da Marvel, a apaixonar-se. Mas a mediocridade não acaba aí com inúmeros plot-devices a serem usados para dar a vitoria ao Iron Man sem nunca existir um grande sentimento de perigo, com a banda sonora a ser uma triste tentativa genérica de copiar a sonoridade dos AC/DC usada no ultimo filme de Hollywood da saga e com falhas de desenvolvimento de personagens supostamente chave que são totalmente inadmissíveis quando metade dos 12 episódios foram dedicados exclusivamente aos já antes mencionados monstros da semana. Juntem-lhe o CGI usado claramente para cortar custos e que destoa violentamente dos medíocres fundos animados e têm uma receita perfeita para a mediocridade, é só juntar água.

Iron Man não é abominável, entretém e com um pouco de sorte conseguirá vender uns quantos bonecos da Marvel ás crianças japonesas mas não é um começo particularmente auspicioso para esta parceria que segue na próxima temporada com uma série semelhante sobre o Wolverine e que eu pessoalmente já decidi não ver.

  • Imagem: 6/10
  • Som: 4/10
  • História: 6/10
  • Personagens: 5/10
  • Nota Final: 5/10