Anime Report – Outono 2010

Estamos já na em Janeiro de 2011 e eu ainda não fiz aqui a minha revisão da temporada outonal de 2010, falha essa que vou já tratar de colmatar.

Desta vez o numero de animes que tenho para analisar são bem mais do que o habitual (9 no total) e como tal isto vai ser bastante longo. Pelo meio temos vampiragem, um super-herói da marvel e a inigualável Suzumiya Haruhi mas mais uma vez fica o aviso: eu vou fazer os possíveis para evitar estragar os enredos mas nem sempre é possível fazê-lo com sucesso por isso ficam avisados.

Vamos então à minha revisão dos animes que vi e que terminaram até 31 de Dezembro de 2010 (e olhem que pelo menos um da lista acabou precisamente nesse dia).

Tamayura

Tamayura

Tamayura

Para o seu primeiro de escola secundária, Sawatari Fuu muda-se para Takehara, uma pitoresca e velha cidade perto de Hiroshima, junto ao Mar Interior. O seu pai, já falecido, morara em Takehara. Ela adora tirar fotografias com a velha maquina fotográfica de filme do pai, uma Rollei 35S. A historia segue-a e ás amigas que se juntam em seu redor enquanto ela aprende gostar da sua nova casa.

Quem me lê já se apercebeu certamente do meu gosto por Aria mas se calhar não estão a par da minha busca praticamente infrutífera por outras obras com uma ambiente semelhante. Na realidade é uma busca um pouco inglória pois Aria é uma obra única praticamente inigualável no entanto se alguém conseguiria criar algo semelhante seria sempre o mesmo director: Satou Jun`ichi.

Tamayura é então o mais próximo que consegui encontrar até hoje do ambiente relaxado de Aria com a sua protagonista que vive não com o sonho de ser fotografa mas com um amor natural pela fotografia. Não só é uma obra que consegue recriar em boa medida o feeling de Aria como é uma obra que me deixa sempre a olhar para a bela Rollei 35S que é quase tão protagonista quanto a Sawatari Fuu-chan.

A qualidade do desenho é também praticamente irrepreensível, a banda sonora apropriadamente calma e o trabalho dos dobradores sem grandes criticas a apontar. O único grande problema é serem apenas 70 minutos de OVA dividos por 4 episódios o que é infelizmente pouco para quem aprecia. A historia de Fuu à procura do local onde tirou enquanto criança uma foto do seu pai serviria certamente para criar uma série maior à semelhança das 3 temporadas de Aria mas bem diz o ditado: “o que é bom acaba depressa”.

  • Imagem: 9/10
  • Som: 8/10
  • História: 8/10
  • Personagens: 7/10
  • Nota Final: 8/10

 

Trigun: Badlands Rumble

Trigun: Badlands Rumble

Trigun: Badlands Rumble

A historia passa-se em Macca, uma cidade rodeada por areias movediças. Com rumores a espalharem-se que o ladrão lendário Gasback tem esta cidade em mira, o presidente de câmara Kepler convocou inúmeros caçadores de recompensas para proteger a cidade. Estes caçadores de recompensas têm seguido Gasback de cidade a cidade na esperança de ganharem a choruda recompensa monetária. Meryl e Milly vieram à cidade para avaliar a situação como agentes da companhia de seguros mas ficam chocadas com estes acontecimentos. Em cima de tudo isto Vash the Stampede encontra-se também na cidade, assim como a caçadora de recompensas Amelia e Nicholas D. Wolfwood.

Trigun é, a par com Cowboy Bebop, uma das séries responsáveis por me viciar na animação nipónica. Lembro-me de todas as semanas religiosamente ligar a TV na então recém-criada SIC Radical para apanhar mais um capitulo desta fantástica série de ficção cientifica pós-apocalíptica com um look claramente inspirado em Mad Max. Foi então com grande euforia que vi este filme ser anunciado há uns tempos atrás e ainda com mais satisfação que me sentei no a vê-lo em gloriosa alta definição.

Trigun: Badlands Rumble é claramente uma prenda para os fãs desta série de 1998 e não procura ser mais que isso. A historia, que á semelhança do filme de Cowboy Bebop podia facilmente passar por um normal episodio colocado no meio da temporada, não deixa de fazer lembrar um qualquer episódio da velhinha série porém notem que isto não é um insulto, bem pelo contrario. Eu como fã adorei cada segundo da série e delirei quando durante o climax do filme se ouve a velhinha musica de entrada (H.T. de Tsuneo Imahori) como acompanhamento musical.

Porém não se pode dizer que não hajam falhas no filme: apesar da acção decorrer a bom ritmo e todas as novas terem tempo suficiente para serem devidamente apresentadas é triste ver que por exemplo as personagens Milly e Meryl e não terem, tanto quanto me lembro, os seus nomes ditos uma unica vez que seja durante a película. O desenho e animação, apesar de excelentes durante a generalidade do filme, também apresentam alguns pontos mais estranhos com o personagem principal Vash a atingir niveis de “fofura” que não me recordo de alguma vez ter visto se bem que não ficam propriamente mal na personagem. Outro ponto mais fraco é a banda sonora que nunca atinge os níveis de qualidade atingidos na série original notando-se muito pouco a sua presença durante os 90 minutos de filme.

Porém todas as falhas são perdoadas ao podermos ver apenas mais uma vez as peripécias de Vash the Stampede e seus amigos e como tal não podia deixar de o recomendar aos fãs da série. Quanto aos demais não deixo de recomendar também, pode ser que aguce o apetite para ir pegar na série original e experimentar um anime que apesar de não ser uma obra prima tem de qualquer forma lugar assegurado entre os clássicos do género.

  • Imagem: 8/10
  • Som: 7/10
  • História: 7/10
  • Personagens: 7/10
  • Nota Final: 7/10