Mogworld

A novel that will give a whole new meaning to the term “Corpse Run”

In a world full to bursting with would-be heroes, Jim couldn’t be less interested in saving the day. His fireballs fizzle. He’s awfully grumpy. Plus, he’s been dead for about sixty years. When a renegade necromancer wrenches him from eternal slumber and into a world gone terribly, bizarrely wrong, all Jim wants is to find a way to die properly, once and for all.

On his side, he’s got a few shambling corpses, an inept thief, and a powerful death wish. But he’s up against tough odds: angry mobs of adventurers, a body falling apart at the seams — and a team of programmers racing a deadline to hammer out the last few bugs in their AI.

Ben “Yhatzee” Croshaw é a voz por trás a popular rubrica online Zero Punctuation do site The Escapist e este Mogworld é a sua primeira incursão no mundo da ficção escrita e devo dizer-vos que não só é uma excelente primeira tentativa como é um dos livros mais interessantes que li nos últimos tempos.

Mogworld conta-nos a historia de Jim, um aprendiz de mago numa pequena escola no meio de nenhures que num certo dia se vê forçado a ficar nas fileiras para defender a escola de um ataque à mesma morrendo nos primeiros minutos da batalha. Mas a historia não nos conta a vida de Jim mas sim a sua morte ou, para ser mais correcto, a sua não-morte pois ainda estava ele a habituar-se à sua não vida quando um necromante o decide reanimar e a mais outros tantos cadáveres do mesmo cemitério para se tornarem nos seus subordinados do mal. Jim vai-se então ver envolto num enredo de dimensões que o leva a questionar o próprio mundo em que encontra e até mesmo a sua própria existência.

No que toca à progressão da historia e a escrita não tenho muito a salientar: a historia avança rapidamente sem nunca cair em tempos mortos ou sem nunca avançar depressa demais e nunca é difícil seguir o que se está a passar. O numero de personagens também não é particularmente elevado e a na generalidade a sua caracterização está bem feita fazendo com que nos afeiçoemos a eles e nos interessemos pelas suas aventuras e desventuras. Também o inglês utilizado não é excessivamente complexo tornando o texto acessível a grande generalidade dos leitores até mesmo quem, como eu, não é um falante nativo.

O humor é uma constante por todo o livro com algumas das piadas a terem claras inspirações de grandes humoristas como os Monty Python e o personagem principal a ser obviamente uma representação do autor mas sem nunca entrar em situações de Mary Sue, bem pelo contrario: Jim passa mesmo pelas passas do Algarve ao longo da aventura.

Resumindo: Mogworld é um bom livro e nem sequer é excessivamente caro pelo que é uma leitura que aconselho em particular aqueles que gostam de videojogos e em particular jogos como World of Warcraft e demais MMORPGs com temas associados à fantasia.

PS: já agora podem ler uma pequena parte do livro no site do The Escapist.