Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel

Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel

Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel

Quem me conhece sabe que sou um grande fã desta saga dos videojogos e como tal não podia deixar de pegar neste Digital Graphic Novel quando adquiri a minha PSP há coisa de 1 ano atrás.

MGS: Digital Graphic Novel não é propriamente um jogo mas sim, como o nome indica, uma Graphic Novel interactiva onde em vez de folhearmos um livro carregamos num botão para passar ao quadrado seguinte. Isto tem as suas vantagens e desvantagens: se por um lado o ecrã da PSP é mais pequeno impedindo alguns tipos de painéis por outro lado permite que existam pequenas animações nos painéis e musica de fundo.

Um dos únicos grandes contras deste Digital Graphic Novel a meu ver é a total ausência de vozes. Sendo interactivo fazia todo o sentido pedir a David Hayter, Christopher Randolph, Paul Eiding e afins para voltarem aos seus papeis de Snake, Otacon e outros por forma a tornar a experiência ainda mais imersiva.

Outro ponto menos conseguido tem a ver com a espécie de mini-jogo que foi adicionado á novel. Ao longo das páginas do Comic podemos parar para explora-las e encontrar “memorias” que depois podem ser ligadas num outro modo para desbloquear “flashbacks” e mais informação sobre os personagens. Se o conceito é engraçado e a informação interessante para os fãs, os controlos do modo de “reconstrução de memorias” são profundamente lastimáveis com uma câmara constantemente a girar enquanto tentamos ligar as memorias usando as setas da psp.

Quanto à historia ela segue os eventos decorridos no primeiro jogo da saga acrescentando mais um ou outro detalhe mas nada demais, quem jogou o jogo já sabe a totalidade da historia e as novas adições são relativamente reduzidas. No que toca ao aspecto, os desenhos de Ashley Wood são no mínimo diferentes e dividirão certamente as opiniões de quem os vê apesar que eu pessoalmente gosto bastante e fiquei feliz em saber que o recente Peace Walker ia voltar a usar os seus desenhos para as cutscenes (algo que fez com mestria e desta vez com vozes).

Devo dizer no entanto que fiquei rendido a esta nova forma de ler comics de tal forma que começo a salivar pela data em que o serviço recém-lançado de Digital Comics para a PSP, que consiste numa loja online que permite ler comics no aparelho, chegue ao nosso canto da Europa. Infelizmente é pouco provável vir a ver isso acontecer dado a pouca presença que o meio tem no nosso país mas a esperança é a ultima a morrer.

Mais engraçado é que depois desta experiência compreendi finalmente um uso efectivo para o iPad da Apple: um ecrã grande, a cores e com touchscreen é provavelmente o suporte perfeito para este tipo de experiências.