Sobre Política

Provavelmente aqueles que me costumam ler aqui neste espaço não têm noção mas eu interesso-me um pouco pela política. Não me interesso tanto quanto algumas pessoas mais velhas e certamente que não estou tão a par das ideologias e tendências políticas nacionais dos últimos anos mas faço o meu melhor para ir acompanhando a situação que se vive na actualidade.

Infelizmente e até há bem pouco tempo sentia-me envolto na geração que cresceu nos 90, a geração a que pertenço. Geração essa que, fruto de vários critérios, sempre esteve num estado de completa separação entre si mesma e a classe política logo nunca tive o prazer de ver a minha veia política estimulada… Por outro lado esse desinteresse dos meus pares forçou-me a encontrar novos meios para me integrar, habitualmente entre pessoas mais velhas com quem conseguia efectivamente falar sobre esse importante aspecto da nossa sociedade.

No entanto, e apesar de fazer os meus melhores, continuo a sentir-me demasiado desligado da vida política nacional mesmo que me preocupe com a mesma… A maioria dos nomes que vejo referenciados são-me demasiado distantes e as ideologias que muitas vezes apresentam demasiado distantes das minhas ideias e ideais…

Tudo isto porquê? Porque tenho seguido com algum interesse e até alguma apreensão as directas que se avizinham no PSD. Estou preocupado com o actual estado do principal partido da oposição apesar de eu tender mais para o PS… ou assim seria se não fosse Sócrates e as suas políticas de centro-direita (por muito redutora que seja essa divisão). Não consigo esquecer o receio de ver o Pedro Santana Lopes novamente á frente do partido. Digam o que disserem o homem é um dos melhores políticos da nossa praça (no sentido de ser bom a fazer política, com o dom da fala e altamente populista) e isso pode muito bem dar-lhe um resultado muito acima do que poderíamos esperar à luz das suas recentes prestações governativas.

Por outro lado temos a Manuela Ferreira Leite, uma pessoa sóbria e que pelo menos inspira confiança… Tem também o pormenor de ter aumentado os impostos e apregoado a estabilidade orçamental acima de tudo na sua última passagem pelo governo, algo que Sócrates também fez com um grau de sucesso claramente superior (ou pelo menos assim pareceu aos olhos do publico).

Quanto aos demais não os conheço na minha ingenuidade política logo não posso dizer muito, resta-me apenas esperar que tudo corra pelo melhor para o PSD e que volte rapidamente o debate politico saudável à praça portuguesa porque de ataques e populismos baratos já estou eu, e muitos outros, cheio.