Ubuntu, Google e o Capitalismo


Depois veio o Ubuntu que juntava tudo o que de bom tinha o Debian a pacotes mais actuais e a um desktop que simplesmente funcionava no fim da instalação. Era perfeito! Que mais podiam pedir? Não é por acaso que o Ubuntu ganhou a força actual, tem-na porque a merece. Fez algo que nenhuma outra distribuição fez antes: criou um Desktop que funciona até para o menos culto do utilizador e não é preciso ser-se nenhum “geek” para por tudo a funcionar correctamente…

Mas voltando ao assunto e terminando por aqui: Os developers do Debian demonstram estarem ruídos de ciúmes pelos seus colegas da Canonical mas estes últimos também falham nas suas “obrigações morais” de retribuir ao Debian o trabalho que este fez pelo Ubuntu… Ambos estão em falha mas o que sairá daqui?

Terá o Debian visto o fim da linha e ficado destinado a tornar-se um “supermercado de pacotes” como alguns lançaram para o ar durante a DebConf 6 (Conferencia dedicada ao Debian)? Esta hipótese parece assustadoramente real com o exemplo do KHTML e mesmo o campo onde o Debian brilhava (os servidores) mostra-se agora ameaçado com um Ubuntu Server que apesar de ainda não muito forte pode vir a demonstrar um desenvolvimento tão rápido como a sua contraparte para o Desktop…

Ou será que as equipas de ambos os projectos vão conseguir trabalhar em conjunto para se desenvolverem mutuamente? Poucos ou nenhuns exemplos deste tipo de desenvolvimento existem na historia do Linux uma vez que casos como o Fedora ou o Open Suse não podem ser usados como comparação (visto tratarem-se precisamente do oposto do Ubuntu) mas a funcionar seria uma lufada de ar fresco no universo das distribuições Linux que adivinharia um futuro mais risonho para o software livre…

Veremos o que sai daqui mas não deixem de partilhar as vossas visões.

PS: Desculpem mas alonguei-me demais, espero que não tenha sido demasiado difícil de ler.

  • Luis Nabais
    2006/07/11 - 10:35
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