4. Ubuntu 6.06 LST (RC) – Linux para humanos


4.2 Configurações
Ao contrario da grande maioria das distribuições linux (e como já disse acima) quase tudo funciona de raiz numa instalação de Ubuntu e no 6.06 ainda mais hardware funciona. Quando instalarem ubuntu só não vão pensar que estão a usar um Mac porque tem um aspecto completamente distinto (e para muitos ainda feio) porque praticamente tudo funciona out-of-the-box. As excepções a esta regra no entanto continuam a ser de monta e tudo culpa da filosofia que a Canonical (empresa responsavel pelo ubuntu) segue.

Inspirando-se no seu “pai”, o Debian, o nosso Ubuntu não dispõe de qualquer software não-livre na sua instalação nem nos seus repositorios Default o que implica que leitura de MP3, DVDs, Java, Flash, drivers ATI ou Nvidea não existam imediatamente apos uma instalação nem a equipa ofereçe formas simples (ou seja via interface grafico) de os obter. No entanto basta cerca de meia hora e este guia para obter tudo o que se precisa.

4.3 Personalização e funcionalidades
Ok já está o sistema configurado e finalmente chegou a hora de “brincarmos” com ele. Tudo no sistema está dividido em 3 menus no canto superior esquerdo do ecrã. No primeiro temos as Aplicações que incluem software como o Rythmbox (leitor e organizador de MP3), temos um leitor de video, temos o GAIM (Instant Messenger compativel com o MSN, Yahoo, AIM, Jabber, entre outros…), o Firefox, o cliente de email Evolution que também inclui uma componente de calendario e até mesmo a versão completa do OpenOffice.org 2. Tudo isto completamente livre de encargos uma vez que a empresa até cds gratuitos envia para qualquer parte do mundo completamente livre de encargos!

Quando fiz a minha analise ao Windows queixei-me das constantes actualizações e chegado agora ao Linux tenho de ser sincero: é igualmente mau pois existem updates quase diarios apesar de eu raramente encontrar os bugs… No entanto raros são os patches de segurança, regra geral a maioria serve mais para corrigir funcionalidades do que para tapar buracos descobertos no sistema. Poder-se-ia argumentar que Linux é menos usado logo existe menos tentação para o tentar “destruir” mas a verdade é que a grande maioria dos servidores do mundo são de uma das variantes *nix quer sejam elas Linux, BSD, Solaris ou Darwin portanto tal justificação seria apenas Demagogia nas palavras tão “sabias” dos nossos politicos.

Voltando então ás funcionalidades devo dizer que nem o proprio Mac OS X com a sua suite iLife consegue ser tão completo. No que toca ao utilizador comum não falta nada: tem-se uma suite Office completa, têm-se leitores multimedia e software que chega e sobra para fazer tudo o que se quer na internet. Mesmo que não se encontre automaticamente instalado o que se quer usar pode-se facilmente usar o “adicionar aplicações” no menu que certamente tem para download e instalação automatica o software que procuravamos.

O unico problema está na suite office existente que, como eu já tinha mencionado na minha analise ao windows, tem uma performançe inaceitavel sendo lento e ainda mais feio do que o proprio sistema neste caso. Soluções? Existem duas. Uma é para quem tem tempo e a outra para quem não precisa de muito mais que um processador de texto e uma aplicação de folhas de calculo.

A solução mais rapida (e mais simples também) é instalar o Abiword e o Gnumetric, duas excelentes aplicações completamente integradas no Gnome que não só é mais agradavel aos olhos como também têm uma qualidade bastante elevada. Não é preciso andarmos preocupados com a correcção ortografica pois esta vem de raiz no sistema. Sim no sistema, não no processador de texto. Já não há desculpa para se enganarem a escrever numa mensagem que enviem por msn.

Por outro lado a solução mais lenta (e cara) é instalar software gratuito como o Wine ou pago como o Crossover Office que forneçem um Layer de emulação de Windows que permite correr aplicações como o Microsoft Word, o Microsoft Excel ou até mesmo o terrivel Internet Explorer 6…