4. Ubuntu 6.06 LST (RC) – Linux para humanos

Terceira parte da minha analise sobre qual sistema operativo escolher.

Uma analise aos pontos fortes e fracos do Ubuntu Dapper Drake 6.06 LST (Release Candidate) de uma vista de olhos de um utilizador casual com tendençias para se tornar Power User.

Visto que esta versão não é final demorei bastante tempo até chegar a sua review e como tal peço desculpa. Inicialmente tinha previsto fazer uma review ao 5.10 mas visto que este está prestes a ser substituido achei por bem analisar a proxima versão que agora está a poucas semanas de ser lançada como final.


4.1 – Instalação
O processo de instalação do Ubuntu continua a ser dos melhores em todas as distros de Linux e nesta versão consegue novamente superar todas as expectativas. Com o abandono do anterior processo “text-based” vemos a entrada de um novo sistema completamente grafico e que se assemelha cada vez mais dos instaladores do Windows XP e do Mac OS X (quando não é instalado da forma que eu fui forçado a fazer). A partir de agora o cd principal é um Live CD que contem dentro de si uma opção de instalação abandonando a divisão entre instalador e Live CD.

Apesar de isto nada trazer de novo (já era algo existente no Knoopix há bastante mais de 1 ano) surpreende pela qualidade do instalador que (apesar de ainda não ser tão “potente” como o seu irmão mais velho text-based que continua disponivel) apresenta já uma grande simplicidade que, aliada á já conhecida elevada compatibilidade do sistema que vem por trás, torna esta a distro que pode facilmente criar um boom de linux semelhante ao boom que o firefox está actualmente a obter… Pelo menos é o que espero (e acredito).

Durante a instalação é-nos dada a opção de particionar o disco ou simplesmente formata-lo e deixar o ubuntu fazer as partições. Eu recomendo a quase todos que particionem normalmente porque as vantagens de serparar /, /home e /boot são sempre compensadoras. Ter o home e o boot em partições separadas assegura que em caso de falha do sistema os nossos ficheiros estão a salvo e que em caso de falha do sistema operativo o computador consegue sempre arrancar em modo de segurança visto o grub não ser afectado. (A partição boot deve ser sempre a hda1 e precisa de aproximadamente 32mb para quem estiver interessado).

Chegamos então ás contas de utilizador e algo em que acho que o ubuntu falha um pouco. Não existe conta root (admnistrador) portanto a primeira (e unica) conta criada durante a instalação recebe poderes para usar o sudo. Com o sudo é possivel funcionar como root numa conta normal bastando introduzir a nossa password para efectuar as operações. Este facto é excelente visto que a conta root torna-se virtualmente inutil com o poder do sudo mas o facto de apenas uma conta ser criada na instalação pode levar alguns utilizadores a sentirem-se frustrados por mais tarde precisarem de navegar em menus para criar contas… A unica falha aqui é um pouco de poder na instalação visto que tudo o resto está perfeito. É seguro em principio mais ainda do que a maioria das outras distros, tudo funciona mal está instalado (tirando drivers da placa grafica tudo funciona comigo, até a webcam!) e até partições windows são automaticamente tornadas acessiveis (ntfs é apenas de leitura mas é uma melhoria visto que durante todo o processo das alphas o instalador sempre se recusou a montar a minha partição ntfs).