Crise dos 16

Ok há tempos estava no MSN a conversar com uma amiga e lembrei-me hoje da conversa. Agora que já estou nos meus 18 anos e que já passei por isto resolvi reflectir sobre os acontecimentos físicos e psicológicos que ocorrem nessa bela idade que são os 16 anos.

Antes de mais quero que saibam que isto vai ser um texto sério e certamente muito pesado e que não fiz qualquer pesquisa para o escrever, apenas tenho o pouco que aprendi nas aulas de psicologia e a experiência que vivi e que certamente está distorcida na minha visão de rapaz de 16 anos (na altura).

Continuando: com 16 anos vivemos possivelmente a idade mais bela e também a mais negra da nossa vida de adolescentes. Foi esta a conclusão a que cheguei.

Vivemos quase sempre a primeira grande história de amor com 16 anos (ou lá perto). Encontramos o primeiro grande amor, aquele que nos marca, aquele que durando muito ou pouco parece que nunca vai acabar… parece tudo perfeito, parece que encontrámos a alma gémea muitas vezes na pessoa que menos se assemelha a nós. Mas no fim ela acaba como uma bomba que explode no nosso coração desfazendo tudo á sua frente. Tinha de ser assim, exageramos na relação e tomamo-la por mais do que é na realidade e isso obviamente magoa quando batemos no duro mundo da realidade…

Mas a grande crise que vivemos aos 16 ocorre antes de tudo isto, antes de acharmos esse “amor” que tanto nos fascina. Primeiro que tudo sofremos porque vivemos anos sem encontrar essa pessoa ideal… começamos a acreditar que a culpa está em nós e aí sim surge a tradicional desculpa de que a culpa é dos outros que não nos entendem… na angustia de não ter uma alma gémea começamos a desesperar pensando que nunca vamos encontrar amor. E é no momento que desistimos, no momento que atingimos uma paz interior que se resume á desistência dessa busca incessante e por vezes exagerada do amor, que encontramos aquilo que durante tantos anos nos iludiu: um amor arrebatador.

É assim que vejo essa idade dos 16 anos, esse ano magico que fica para sempre na memoria de cada um e que cada um vive de maneira diferente cego pelos sentimentos que tem apesar de no fundo todos sermos iguais, reflexo do facto de sermos todos Homo Sapiens Sapiens. Talvez não seja esta a realidade, talvez psicologicamente falando devesse explicar de outra forma mas a verdade é que desta ou de outra forma todos passamos por esta fase e os demais nada podem fazer para a resolver. É algo que está em nós e que apenas nós podemos superar e por mais que leiamos, por mais que os nossos amigos nos ajudem é impossível evita-lo.

Concordam comigo?

  • Luis Nabais | 2005/07/20 - 18:14

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