Mozilla Firefox – Uma breve historia

Fiz com o Winamp e prometi repeti-lo com o Firefox e como sou pessoa de cumprir as minhas promessas (por mais tarde que o faça) decidi hoje por fim concretizar o meu tutorial dedicado ao Mozilla Firefox.

Porém antes de fazer o tutorial é bom conhecer a história dos browsers que eu vou resumir aqui antes de mais nada.

O Mozilla Firefox é hoje reconhecido como o mais forte candidato á permanência do Internet Explorer no trono dos Browsers da Internet e mesmo que poucos acreditem que este o venha a destronar a percentagem de utilizadores a utiliza-lo cresce ao minuto.

De acordo com dados do site w3schools.com o Firefox atingiu no ultimo mês de Abril 23.9% de utilizadores contra os decrescentes 65.7% dos Internet Explorer 6 e 5 combinados(fonte).

Mas o Firefox não marcou o inicio da Mozilla Foundation nem tão pouco o inicio das guerras dos browsers.

Tudo começou nos idos anos 90, altura em que a Microsoft (após o sucesso do seu Sistema Operativo Windows 95) abriu os olhos para um mercado que começava a emergir na altura: a World Wide Web. Nesta altura o rei e senhor dos Browsers era o Netscape que dominava praticamente sem concorrência pois browsers como o mosaic não eram mais do que ferramentas de trabalho.

Eis então que a Microsoft aplica todo o seu saber e conhecimento e decide criar o seu próprio browser: o Internet Explorer (nome de código: Trident). Até aqui tudo bem, a Microsoft entra na batalha mas a Netscape aguenta-se forte e o IE não apresenta nenhuma ameaça á quota adquirida do Netscape.

Então a Microsoft ultima a táctica que se veio a tornar imagem de marca da empresa. Cria o Windows 98 (sem duvida o melhor dos Windows 9x feitos até hoje) e incorpora dentro do mesmo o seu browser Internet Explorer. Com esta medida a Microsoft assegura uma quota de praticamente 100% do mercado das maquinas domesticas com Windows para o seu browser impregnando de tal forma o Internet Explorer no Windows que hoje, ao instalar o XP, já não é possível escolher fazer uma instalação sem instalar o “browser” da Microsoft.

Obviamente que a guerra de browsers não foi assim tão rápida, praticamente até há viragem do milénio as percentagens eram renhidas e o netscape, apesar de cada vez mais vacilante, aguentava-se com quotas cada vez mais inferiores.

Então chegou o suposto fim da Netscape quando a AOL anunciou que iria adquirir a empresa. Como ultima medida, e tentando salvar o que restava do seu browser, a equipa da Netscape criou a Mozilla Foundation e com ela surgiu uma versão do Netscape, open source, de nome Mozilla Suite.

Com a aquisição da Netscape por parte da AOL o desenvolvimento deste decaiu até á derradeira (?) versão 7.0 que praticamente enterrou o que restava da quota deste. Não só o Internet Explorer ganhava utilizadores graças á política monopolista da Microsoft como um novo nome surgia para dar a ultima machadada: Opera.

Perto do surgimento do browser Opera como alternativa viável dá-se por concluída a guerra dos browsers claramente ganha pela Microsoft. O Opera viu depois e rapidamente sugou os poucos que não se rendiam ao IE.

Mas agora nos últimos 2 ou 3 anos começou-se a assistir a um renascer daquilo que foi o Netscape, agora sobre a alçada da Mozilla Foundation e com uma nova filosofia: criar um browser simples e eficaz, que cumpra os padrões tal como o seu concorrente Opera mas que ao contrário deste não bombardeie os utilizadores com funcionalidade desnecessária: nasce o Firefox.

Com o lançamento da versão 1.0 recomeça a Guerra dos Browsers com a Microsoft a adicionar funcionalidades ao seu Internet Explorer 6 (agora com quase 5 anos de idade) para tentar compensar as percas mas sem sucesso.

Ficamos para ver o que o futuro reserva ao Firefox e ao seu irmão, o cliente de e-mail Thunderbird. Eu pessoalmente uso um browser a sério, uso o Firefox!
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  • Luis Nabais | 2005/05/02 - 21:17

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