Anime Report – Primavera 2011


C: The Money of Soul and Possibility

C: The Money of Soul and Possibility

C: The Money of Soul and Possibility Control

Kimimaro, educado pela sua avó materna depois do desaparecimento do seu pai e morte da sua mãe, é um aluno bolsista cujo único sonho é viver uma vida estável e normal. Um dia ele é visitado por um homem peculiar que lhe oferece forçosamente uma grande soma de dinheiro como empréstimo com o seu futuro como colateral. Apesar de estar inicialmente com receios ele eventualmente decide usar o dinheiro, algo que o leva imediatamente a ser levado para uma misteriosa área chamada Distrito Financeiro.

C: The Money of Soul and Possibility Control. Um grande nome para uma série do bloco NoitaminA que prometia o mundo e que se esperava extremamente pertinente ao assentar num mundo fantástico que gira em torno de dinheiro e da economia. Prometia mas não cumpriu.

C conta-nos a historia de Kimimaro e como este é arrastado para o Distrito Financeiro, uma espécie de dimensão paralela onde o misterioso Midas Bank organiza combates entre dois “empreendedores” (o nome dado aos escolhidos para entrar no distrito) com os seus futuros como colateral. Basicamente quando alguém é escolhido para entrar no distrito é-lhe atribuído um cartão de crédito a partir do qual podem retirar dinheiro efectuando assim um empréstimo sobre os seus futuros. Nos combates são feitas apostas deste dinheiro e o vencedor leva uma percentagem do dinheiro em jogo com base num critério que, tanto quanto o anime demonstra, é totalmente irrelevante e serve apenas para desenvolver o enredo ao bom estilo Shounen. As batalhas são efectuadas entre os já mencionados “empreendedores” e os seus “entrees”, representações físicas dos futuros das pessoas que residem dentro dos cartões de credito fornecidos pelo banco.

Tudo isto serve de pano de fundo e pouco mais para uma historia que mistura um pouco de descoberta pessoal por parte de Kimimaro que se vê atirado para uma batalha entre os diferentes pontos de vista no que toca ao efeito benéfico ou prejudicial da injecção de dinheiro do banco Midas na economia real naquilo que parece ser uma referências ás recentes acções de injecção de capital nas economias mundiais para salvar empresas (e países) em risco de colapso.

A série prometia muito mas os curtos 11 episódios típicos do bloco não lhe permitiram sequer passar da superfície e deixam no ar a ideia de que a historia não só foi apressada, mesmo que significativamente menos do que o infelizmente habitual, como dotada de um orçamento claramente deficiente. Apesar do ponto central da historia, a existência do distrito, ser explicado e resolvido existem pontos que ficam por explicar como a relação de Kimimaro com uma das suas colegas e claro interesse romântico, a situação incerta do seu futuro que foi hipotecado pelo banco Midas e acima de tudo as constantes referências que indicam que o pai de Kimimaro pode ter também ele entrado no distrito. Mesmo o próprio final, apesar de eu achar que resolve de forma relativamente adequada a série e está relativamente bem realizado, possui uma série de eventos e uma lógica capaz de deixar qualquer economista à beira de um ataque de nervos.

No fim e para além de uma banda sonora interessante com animações de genérico e créditos altamente estilizadas e agradáveis, para além de um desenrolar relativamente bem conseguido da historia dentro dos limites impostos pelo numero de episódios e de uma premissa extremamente relevante e cativante a série desaponta tanto pela sua ambição como pelo seu claramente deficitário orçamento.

Veredicto: Com tanta conversa de empréstimos, inflação e créditos quem precisava de uma injecção de capital era mesmo esta série. Talvez a recomende a quem queira algo tangencialmente relacionado com economia (vista por leigos) e tenha um fim de semana sem absolutamente mais nada para fazer.

  • Imagem: 5/10
  • Som: 6/10
  • História: 5/10
  • Personagens: 5/10
  • Nota Final: 5/10
Hidan no Aria

Hidan no Aria

Hidan no Aria

Não há muito a dizer sobre este Hidan no Aria: não gostei particularmente dele, é tudo.

Uma loli tsundere com a voz de Kugimiya Rie, um personagem principal que se queixa de tudo até entrar num modo especial em que se torna num autentico super homem e mais meia dúzia de personagens saídos directamente de um livro de clichés e colocados num mundo onde o sobrenatural está aliado a descendentes de personagens famosas como Sherlock Holmes ou Jeanne d’Arc e tudo isto animado pela J.C.Staff.

Cenas de acção bem coreografadas, uma loli tsundere absolutamente irritante e um personagem principal cujos supostos poderes de raciocínio são constantemente menosprezados pelo enredo são conjugados com fanservice a rodos, tentativas de censura profundamente ridículas ao mesmo e um enredo por vezes apressado de formas ridículas num resultado final que me fez lembrar todas as razões pelas quais não gostei da segunda temporada de Toaro Majutsu no Index (do mesmo estúdio obviamente).

Veredicto: Não vejam a sério. Sinceramente perdi o interesse a meio da temporada e não consigo recomendar isto a ninguém. Não é mau (mau é Final Fantasy Ultimate) mas é tão profundamente medíocre que me deixou enjoado.

  • Imagem: 6/10
  • Som: 6/10
  • História: 5/10
  • Personagens: 5/10
  • Nota Final: 6/10

E é tudo o que vi e terminou nesta ultima temporada. Resta apenas mencionar as OVAs de Highschool of the Dead e Fairy Tail que saíram durante este período e que são claramente recomendadas aos fãs das respectivas séries. Na primeira podem esperar encontrar o “típico” episódio de praia com fanservice a rodos e um pequeno pozinho zombies à mistura e na segunda podem igualmente encontrar fanservice a rodos com as personagens colocadas em primeiro em situações do dia a dia na guild mais insana de Earthland e depois num hipotético cenário em que em vez de uma guild Fairy Tail passa a ser uma escola secundária. Como disse antes: recomendadas apenas a fãs.

Pronto, está tudo. Esperemos que da próxima vez seja um pouco mais positivo o rescaldo.