Arrufo de Namorados

No quarto deitados na cama:
Ele: Oh sim Josefina! Oh sim!
Ela: Oh sim amor. Sim!!
Ele: Oh Josefina, Josefina.
Ela: Oh Paulo, Paulo.
Ele: Paulo? Mas… Mas eu chamo-me João.
Ela: Oh amor sabes…
Ele: Quem é o Paulo?
Ela: Sabes é que noutro dia estava a ver tv e apareceu uma reportagem sobre o PP e…
Ele: Tu… Tu imaginaste o Paulo Portas enquanto estávamos a fazer o amor Josefina?
Ela: Mor eu não consegui resistir, ele é tão sexy e…
Ele: Ainda se fosse com o Francisco Louçã agora com o Paulo Portas!
Ela: Desculpa amor, foi sem querer.
Ele: Quer dizer que tudo foi uma mentira?
Ela: Não!
Ele: Aquelas idas ao Avante? As palmas para os discursos do Álvaro Cunhal? Foi tudo uma mentira?
Ela: Não amor, não foi nada disso.
Ele: O que me vais dizer a seguir? Que não gostas de ser militante do Partido Comunista?
Ela: Bem já que falas nisso…
Ele: Eu já sabia! Tu mentiste-me!
Ela: Mas eu só o fiz por ti, não te queria magoar.
Ele: Vivemos uma mentira? Também é mentira o amor que sentes por mim?
Ela: Não!!
Ele: Vai! Sai e nunca mais voltes!
Ela: Mas João…
Ele: Nem mas nem meio mas, tu nem sequer és do Partido Socialista!
Ela: Mas eu amo-te.
Ele: É impossível alguém de direita como tu amar alguém de esquerda como eu.
Ela: Podemos torna-lo possível.
Ele: Não, é impossível. Sai, sai agora que já destruíste o meu coração.
Ela: Mas o que importa a cor politica se nos amamos?
Ele: Eu não consigo amar uma… uma… uma fascista!
Ela: Oh! Não precisavas de me insultar. Vejo agora que o meu pai tinha razão, eu devia ter entrado no Partido Social Democrata.
Ele: Vai e não voltes!
Ela: Adeus!

Este texto é obviamente ficção

  • Luis Nabais | 2007/05/17 - 23:50

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