Arch Linux – Linux para os Bravos!


2. Configurações

Se estão habituados a um qualquer Windows ou Mac podem começar a preparar-se para entrar em pânico já que aqui é tudo mas absolutamente tudo configurado editando ficheiros de texto. Existem sempre a hipótese de se instalarem ferramentas gráficas para efectuar a configuração mas até chegar a esse ponto é necessário passar por muitos ficheiros de textos e aprender a lidar com o gestor de pacotes pacman (equivalente ao apt-get e afins). Felizmente este ultimo é tão fácil de usar como a ferramenta do debian apesar de ser um pouco mais lento.

Existem no entanto algumas ferramentas como o hwdetect que nos ajudam a detectar e configurar automaticamente diversas partes do sistema sem nunca no entanto chegar à simplicidade de um qualquer Ubuntu ou Fedora.

3. Personalização e funcionalidades
Quando finalmente dispomos de tudo a funcionar e estamos prontos a começar a personalizar o nosso sistema somos presenteados com aquilo de que o verdadeiro linux é feito: escolha! Podemos escolher tudo desde o ambiente gráfico que queremos até ao mais basico do wallpaper como em todos os sistemas operativos. Escolha é o mote do dia e como tal nada vem por defeito: têm escolha de xfce, gnome, kde, openbox… basta escolher e usar o pacman para instalar ou o ABS (Arch Build System) para compilar.

Não vou poder aqui especificar bem quais as capacidades do sistema no fim da instalação já que elas estão limitadas ao que o utilizador escolher instalar mas resta dizer que o sistema é muitíssimo rápido quando comparado até com um Fedora (que na minha opinião já era bastante mais rápido do que o Ubuntu).

Os pacotes são actualizados virtualmente todos os dias e as versões dos mesmos estão sempre actualizadas ao contrario do que acontece na maioria das “grandes” distribuições onde as actualizações são atrasadas por forma a assegurar a estabilidade. No entanto e apesar desta rapidez de actualização o Arch não é de forma alguma um Linux instável, antes pelo contrario: a estabilidade e rapidez são duas palavras bastante apropriadas para descrever esta distribuição mesmo que esporadicamente uma nova versão de um pacote cause problemas.

A quantidade de pacotes existentes não é tão extensa como a de um Ubuntu ou Fedora mas dispõe uma grande quantidade de pacotes disponíveis não ficando muito longe destes. Efectivamente quase tudo o que for preciso poderá ser encontrado nos repositórios do pacman e mesmo que tal não aconteça pode-se sempre compilar o programa em questão.

4. Multimédia
Neste campo temos o calcanhar de aquiles do Linux. Apesar de eu ter tido uma agradável surpresa ao ver este sistema ler alguns ficheiros que eu não consegui em Ubuntu continuamos a estar limitados pelo fraco suporte do Linux no que toca a jogos ou até no áudio.

Para perceber melhor as minhas criticas leiam a minha review ao Ubuntu 6.06 LST.